Celebra-ae, hoje, o 50.º aniversário das primeiras eleições em liberdade em Portugal.
«O dia em que os portugueses saíram à rua, de caneta na mão, foi de festa», assim assinala esta data tão significativa o título do jornal Diário de Notícias, no artigo publicado pela jornalista Alexandra Tavares-Teles, que sublinha:
«Votaram 91,66 % dos inscritos, uma participação cívica nunca mais atingida, para que 223 homens e 27 mulheres redigissem, em 12 meses, a Carta Fundamental. Foi há 50 anos.»
Os portugueses elegeram 250 deputados da Assembleia Constituinte, e tiveram a maior participação de sempre.
Estes foram os tempos de antena dos partidos que concorreram às eleições.
De acordo com o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, «O número de eleitores recenseados passou de cerca de 1 milhão e 800 mil para 6 milhões e 200 mil, e foram as eleições mais participadas de sempre, com uma taxa de abstenção de apenas 8%. »
Neste dia 25 de Abril de 2025, celebramos não só a memória desse momento marcante da nossa história democrática, mas também a coragem coletiva que o tornou possível. Com cravos nas mãos e esperança no olhar, o povo português deu o primeiro passo na construção de um país livre, mais justo e mais solidário.
A Revolução dos Cravos inspira-nos ainda hoje — e atravessa fronteiras. Recordamos também o «25 aprile» italiano, símbolo da libertação do fascismo em Itália e da resistência dos partigiani, que, tal como os nossos capitães de Abril, lutaram por uma sociedade mais livre e humana.
Unem-nos os ideais da liberdade, da justiça e da dignidade — valores universais que a escola, as bibliotecas e os livros ajudam a preservar e a transmitir às novas gerações.
A importância de ler e escrever em liberdade nunca foi tão vital. A leitura e a escrita são instrumentos vitais e poderosos para a reflexão crítica, a construção de um pensamento livre e a defesa dos direitos humanos. Em liberdade, podemos aprender a questionar, a dialogar e a transformar o mundo à nossa volta.
Hoje, celebramos a democracia com o compromisso de continuar a fazer da participação cívica uma prática viva. E é na liberdade de expressão, de reunião e na educação que encontramos a força para ter esperança num futuro mais promissor para todos.
A biblioteca escolar assinalou a data com:
1. A participação de alunos na 1.ª fase do concurso Municipal de Leitura de Almada, na modalidade de escrita, que decorreu ontem, dia 24 de abril, online, envolvendo todas as escolas de Almada, com um representante dos alunos de todos os ciclos de ensino, por escola.
2. Uma sessão de cinema com filmes de jovens realizadores da EPI-Vídeo, dirigida a alunos do 3.º ciclo e ensino secundário, no dia 22 de abril, em que participaram, 139 alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário e foram projetadas três curtas metragens que cederam o passo ao debate e à reflexão. Realizou-se uma sessão de cinema com filmes de jovens realizadores da EPI-Vídeo, destinada a alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário, no dia 22 de abril.
Dores de crescimento, realizador Alex Cardona, EPI-video
A biblioteca escolar assinalou também o 25 de abril com uma pequena exposição comemorativa, de cariz informativo: